"De médicos e loucos...

... todos nós temos um pouco", diz a sabedoria popular.

De médica, confesso que não tenho nada. Nunca tive. Se (e se) vocação para tal tivesse tido, certamente seria uma boa profissional, pois levo a sério meus propósitos. Mas tenho horror a sangue, pânico de jalecos brancos, encontro subterfúgios e desculpas para as minhas consultas e não saio por aí distribuindo receitas de chás milagrosos. 

Se todo o ditado tem um fundo de verdade, então, me cabe a segunda parte da afirmação. Por dois motivos: primeiro, porque eu, que sempre trabalhei nos bastidores, oferecendo suporte ao trabalho de outras pessoas, agora farei justamente o contrário, passarei da discrição à exposição; segundo, porque apenas depois de montar o blog descobri que sou uma quase semi-analfabeta digital. Muito prazer, eu mesma!

De todo modo, a vida é isso: evoluir, aprender, oxigenar velhas habilidades, vivenciar novas experiências, fazer algo fora do script, nem que seja para desafiar-se.

É o que passo a fazer a partir de hoje: escrever. Compartilhar algumas coisas que aprendi e aprender outras tantas que não sei. E o assunto não poderia ser mais interessante: organização de ambientes.

A organização me persegue desde sempre. Minhas lembranças mais distantes me remetem à infância, junto a um pequeno fichário de metal. Fichas avulsas, com anotações de assuntos imaginários, inventados pela mente criativa de uma criança, organizados dentro da pequena caixa. Daí para a profissão, foi só um pulinho...

Perdi o fichário por usucapião. Mas, ele ainda ronda meus dias. De tempos em tempos, nos encontramos. É quando ele olha para mim e diz: continua tua sina de organizar, menina! 

Não sei como vou me sair no blog, mas, repito, levo a sério meus propósitos. Também sei que, "no caminho, as melancias se ajeitam na carroça"... Outra verdade!

Vamos ver no que isso vai dar. Puxe minha orelha se o conteúdo não agradar. De leve...

Beijos.